Uma data para lembrar sempre! 47 anos depois do 25 de Abril
Com duas cantigas através da rádio se deu o sinal de partida para a mais inspiradora revolução a que o mundo alguma vez assistiu.
A seguir vieram os flores, os cravos vermelhos que a população distribuiu pelos soldados em quem sempre confiaram e que estes colocaram nos canos das suas armas.
Está para sempre gravada na história universal como a Revolução dos Cravos.
A coragem do Povo e MFA (Movimento das Forças Armadas), derrubaram uma ditadura de quarenta e oito anos que reprimiu, isolou e empobreceu o seu país.
“O povo unido jamais será vencido”, gritou-se por toda a parte, uma onda de liberdade inundou todo Portugal.
Libertaram-se presos políticos, regressaram exilados e cantou-se outra vez ; a Paz , o Pão, Habitação, Saúde, Educação.
O voto é a arma do povo e dava-se início ao processo democratico.
Levantaram-se tantas bandeiras; de partidos políticos, movimentos sindicais, cívicos ou associativos.
Abriram-se as portas da independência para as ex-colônias que hoje abraçamos na Lusofonia no seio da CPLP.
A nação portuguesa nunca rejeitou a sua história e soube assumir as suas responsabilidades.
Aderiu à União Europeia (UE) e trilha por caminhos de modernidade e progresso, servindo de exemplo e motivação para muitos países.
Um povo que deu “novos mundos ao mundo”, continua hoje a luta pela conquista total de todos os propósitos da revolução.
Ainda há caminho a percorrer, especialmente no que diz respeito à justiça, à educação e à política social.
Aquilo que nos poderia parecer uma revolução suave e romântica (de cantigas e cravos) e na verdade a revelação dum povo cheio de bravura, generosidade e sensatez que sabe traçar o seu próprio destino.
Carlos Lima